sexta-feira, 11 de setembro de 2020
A ressignificação da identidade quilombola na comunidade de Paratibe, João Pessoa-PB: Uma análise a partir dos processos de resistência
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
O território quilombola
terça-feira, 1 de setembro de 2020
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
37 anos do martírio de Margarida Maria Alves por Luís Zadra
Hoje celebramos 37 anos do martírio de Margarida Maria Alves, assasinada a mando do latifúndio violento, por um pistoleiro na frente de sua casa em Alagoa Grande, Paraíba. Na madrugada de 9 de março de 98 ocupamos uma parte da usina Tanques símbolo do latifúndio e lugar da luta de Margarida. Ela foi a figura que nos inspirou, foi motivados por ela que criamos coragem para entrar na terra depois de muitas reuniões com grupos de lavradores sem terra. Daquela luta surgiram 8 assentamento com mais ou menos 300 famílias. Chamávamos Margarida “a nossa santinha”.
Participei em primeira pessoa desta luta e quisemos tirar o véu de silêncio que tinha encoberto sua memória. O povo tinha medo de falar de Margarida, na sua terra. Os grandes proprietários criaram terror. Eu estava no interior do Maranhão no tempo de seu martírio, metido também na luta pela terra, e o testemunho desta Paraíbana destemida me motivou ainda mais. Destino quis que minha nova missão fosse justamente nestas bandas da Paraíba, metido na luta pelos direitos dos quilombolas.
Foi a partir do seu testemunho que junto a um grupo de lideranças enfrentamos a luta pela terra, e fizemos isto também como forma de resgatar sua memória. Foi feita justiça e sua casa virou museu da memória. Na parede que olha para a rua, para todo mundo ver, tem uma placa preta muito grande onde está escrito” aqui foi assasinada Margarida Maria Alves”.
Diz o canto que sempre fazia parte das celebrações;” quero entoar um canto novo de alegria ao raiar daquele dia...lutar não foi em vão”. O resgate da memória e do legado de Margarida muito ajudou para mudar o pensamento do povo de Alagoa Grande. Posso dizer, eu estava lá, mas não sozinho. Lutamos juntos, tendo na nossa jornada Margarida Maria Alves
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Caiana dos Crioulos completa a reconquista do seu território
A Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos, em Alagoa Grande, recebeu o título de posse de todo o seu território – totalizando uma área de mais de 646 hectares. A comunidade lutava há 20 anos pela posse da terra como área remanescente de quilombo.
Em fevereiro deste ano, as 130 famílias de Caiana dos Crioulos, comemoraram a primeira etapa da conquista da imissão de posse do imóvel Sítio Sapé feita pelo Incra-PB, com 292 hectares.
As famílias sobrevivem da agricultura de subsistência com a produção de milho, feijão, macaxeira, batata-doce. “Todos os quilombolas estão em festa. Agora temos todo nosso território para produzir nosso próprio alimento sem um patrão. Estamos em alegria e festa. É uma independência”, celebra a presidente da associação comunitária, Edinalva Rita do Nascimento.
O título das terras de Caiana só foi possível graças a uma ação ajuizada pela Defensoria Pública da União (DPU), que ganhou na Justiça o devido direito de Caiana ter toda a posse da terra. O governo Federal foi obrigado a cumprir a determinação da Justiça.
O gerente de Equidade Racial da SEMDH, José Roberto Silva, diz que a conquista de Caiana é um marco que estimula outras comunidades quilombolas na luta pela conquista das terras.
“Caiana viverá novos tempos com o fortalecimento da sua produção de alimentos, preservação cultural e valorização da sua ancestralidade”.
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Fonte: https://www.instagram.com/p/CDPG_y3pUFs/?igshid=1ul4b4emc9b1m