27 de agosto, em Alagoa Grande, PB, celebramos os 40 anos do martírio de Margarida Maria Alves.
A celebração foi precedida pela semana pedagógica nas escolas para lembrar a história desta mulher destemida que enfrentou o latifúndio da região de Alagoa G. para defender condições melhores de trabalho para os canavieiras. Ela se tornou uma referência nacional e motivou a iniciativa da marcha anual das “Margaridas" em Brasília.
O cortejo saiu da casa dela, perto do centro da cidade, passou no cemitério onde foi colocada uma coroa de flores. Em seguida foi celebrada a missa na matriz onde foi enaltecido o testemunho dela.
Os padres assumiram uma postura muito firme para mostrar o valor e o legado dela, condenando o poderio do latifúndio assassino. Margarida dizia “medo nós tem mas não usa”. O mártir sabe que pode morrer, mas o amor dele é mais forte do que o medo da morte. Amor pelos direitos dos mais fracos, dos espoliados, dos marginalizados.
A celebração da semana de Margarida foi concluída com uma comemoração na frente do sindicato. Infelizmente o povo da cidade foi o grande ausente. Como dizia o Mestre, nenhum profeta é reconhecido em sua terra. Mas Margarida vive nos corações que lutam por vida e justiça com os empobrecidos e pisados. Tenho sorte por andar muitas vezes na terra de Margarida e passar na frente de sua casa. Ela sempre me motivou, quando ainda estava no Maranhão no tempo de sua morte.
Naqueles anos foram martirizados padre Ezequiel e padre Josimo além de muitos outros e outras testemunhas do evangelho.
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