- Um continente;
- 55 países;
- mais de 30 milhões de quilômetros quadrados (20,3 % da área total da terra firme do planeta);
- mais de um bilhão e 60 milhões de habitantes (segundo continente mais populoso depois da Ásia);
- mais de 2 mil e cem grupos étnico linguísticos
- o continente mais rico do mundo: no seu subsolo jaz um terço das reservas minerais do planeta;
- o continente mais pobre do mundo: dos quarenta países com o PIB per capita mais baixo do mundo, trinta e um são africanos.
A exposição é dividida em três secções temáticas.
Secção histórico-social-política: BiogrÁfricas 12 banners dedicados a:
- linha do tempo do continente (10 metros de comprimento),
- migração da humanidade de África para os outros continentes,
- descobrimentos e explorações portugueses na África,
- escravização antiga e moderna da África,
- colonização europeia do continente, superfície - população e densidade habitacional,
- índice de desenvolvimento humano por país (IDH),
- situação política na África,
- guerras e conflitos em andamento,
- religiões na África,
- saque das matérias primas do continente,
- presença chinesa em concorrência com países e multinacionais ocidentais,
- afro-pessimismo e afro-otimismo.
Secção fotográfica: FotogrÁfricas
- Trezentos e cinco (305) fotografias de catorze (14) países (África do Sul, Angola, Argélia, Benim, Cabo Verde, Etiópia, Gana, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Senegal, São Tomé, Tanzânia, Zâmbia,);
- 38 fotógrafos (6 italianos, 3 portugueses, 1 cabo-verdiano, 1 moçambicano, 1 brasileiro e 26 angolanos do Grupo VêSó de Luanda).
Secção literária: BibliogrÁfricas
- Exposição de cento e oitenta (180) livros de 53 autores africanos de 19 países.
- Cinco banners explicativos sobre: grupos étnicos linguísticos, línguas oficiais, taxa de alfabetização, escritores lusófonos, escritores francófonos e anglófonos.
Um grande mapa, desenhado no chão, permitirá um passeio através os vários países da África.
Porque a exposição Áfricas?
No mês de maio de 2004 tive o meu primeiro encontro com um quilombo: uma visita rápida à comunidade quilombola de Pedra d’Água. Foi amor à primeira vista. Daí nasceu o meu interesse em conhecer o mais possível sobre o lugar das “raízes”, a África, cuja existência muitas vezes era ligada mais a fantasias míticas do que a conhecimentos reais.
Até hoje viajei em seis países da África: Argélia, Marrocos, Etiópia, Zâmbia, Gana e Senegal, cada vez voltando ao Brasil com novos conhecimentos a partilhar através exposições, palestras e seminários.
As primeiras exposições foram organizadas na Universidade Federal de João Pessoa (UFPB) e, a seguir, em várias localidades da Paraíba e da Itália, sempre visando evidenciar a estreita relação entre quilombos e África. Principais exposições sobre a África e os quilombos da Paraíba:
- “Retratos do povo negro da Etiópia e do povo das Comunidades afrodescendentes da Paraíba”, 2008, SESI – João Pessoa;
- “OLHANDO: de dentro para dentro, de dentro para fora”, 2010 – SESC Centro – João Pessoa.
- “IDENTIDADE QUILOMBOLA: auto percepção e comunicação - O quilombo de Matão visto por si mesmo, 2010 - Centro Cultural São Francisco – João Pessoa
- “A costa do ouro: mina de escravos”, 2011 – Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes
- “Quilombos da Paraíba – a realidade de hoje e os desafios para o futuro”, 2012 - Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes – João Pessoa PB
- “Quilombos da Paraíba – a realidade de hoje e os desafios para o futuro”, 2012 – MAC Museu Assis Chateaubriand – Campina Grande/PB
- “Il popolo quilombola: um Brasile sconosciuto”, 2013 – Trento, Itália
- “Feminino quilombola”, 2014 - Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes – João Pessoa
- “Il popolo quilombola: um Brasile sconosciuto”, 2014 – Milano, Itália
- “Troncos velhos – Galhos Novos, o legado intergeracional nos quilombos, 2015 - Estação Cabo Branco Ciência Cultura & Artes – João Pessoa PB.
No entanto, a ação sinérgica com o movimento quilombola me levou a organizar, em colaboração com alguns antropólogos, a publicação do livro “QUILOMBOS DA PARAÍBA” (BANAL, Alberto; FORTES, Maria E. P. (Orgs.).
Quilombos da Paraíba: A realidade de hoje e os desafios para o futuro. João Pessoa: Imprell Gráfica e Editora, 2013).
Nesta altura me pareceu sempre mais necessário produzir algo que pudesse contribuir para um conhecimento mais abrangente e, no mesmo tempo, menos estereotipado e mítico do continente África no que diz respeito a sua história e aos vários aspectos da sua realidade atual.
Meses de pesquisas consultando as mais variadas fontes oficiais e independentes me proporcionaram o material para a produção da parte “cultural”, no entanto que estava conseguindo construir uma ampla rede de fotógrafos a nível internacional: um patrimônio visual de olhares diferentes e complementares sobre catorze (14) países da África.
Enfim graças a uma minuciosa procura em livrarias físicas e virtuais, no Brasil e no Portugal, consegui reunir cento e oitenta (180) livros de autores africanos escritos ou traduzidos em língua portuguesa.
Áfricas de Alberto Banal com a curadoria de Lúcia França
07 de maio a 14 de agosto de 2016 - Estação Cabo Branco Ciência Cultura e Artes, Torre Mirante -João Pessoa/PB
Apoio: Associação de apoio as comunidades afrodescendentes – AACADE, Coordenação estadual comunidades negras e quilombolas – CECNEQ, ESCRILENDO, FOTÓGRAFOS DE RUA, UNITI PER LA VITA, JUST DANCE ITALIA.
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