terça-feira, 16 de julho de 2013
Abre na Itália a exposição "O POVO QUILOMBOLA: UM BRASIL DESCONHECIDO"
Os quilombos da Paraíba serão destaque na manifestação cultural “Denno estate 2013” na Itália. Denno é uma pequena cidade da região Trentino no norte da Itália; é ai que nasceram Luis Zadra e Alberto Banal, dois voluntários integrantes da AACADE, a associação de apoio as comunidades quilombolas da Paraíba.
No próximo domingo, 21 de julho de 2013, Luis e Alberto junto com a socióloga paraibana Francimar Fernandes de Sousa, terão uma palestra sobre a questão quilombola e, sucessivamente, inaugurarão a exposição “O POVO QUILOMBOLA: UM BRASIL DESCONHECIDO” no antigo prédio da prefeitura de Denno.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
CARTA ABERTA DA CONAQ
Em anexo a CARTA ABERTA DA CONAQ de repúdio a audiência pública na Câmara dos Deputados hoje dia 19 as 14 horas, a fim de debater a respeito do Programa Brasil Quilombola na Câmara de Direitos Humanos, pelo então presidente. O mesmo que vem fazendo todo o esforço para oprimir os movimentos sociais agredir os cidadãos e usar o seu mandato contra os Direitos Humanos.
É por esse motivo que a CONAQ socializada com todos(as) as mazelas hora ocasionadas pelos setores opressores da sociedade.
"O BRASIL TAMBÉM É QUILOMBOLA"
CARTA ABERTA DA CONAQ
CARTA ABERTA DA CONAQ
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Os negros dos Pontões
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Seu Daniel |
No dia seguinte, bem cedinho conseguimos encontrar e falar com seu Daniel, o patriarca da família dos Daniel. A memória e a lucidez o tempo castigou um pouco, mas a intensidade do olhar e uma dose de ironia falam o suficiente sobre um passado de sofrimentos e lutas pela sobrevivência.
Francimar e Luis durante o encontro com a comunidade
Os Pontões
A rua dos Daniel
As fotos de lembrança
quarta-feira, 5 de junho de 2013
MONTEIRO, Karoline dos Santos. De quilombo a terra quilombola: conflitos pela propriedade da terra na construção territorial de Gurugi, Paraíba
É com muito prazer que disponibilizamos a ótima monografia de Karoline Dos Santos Monteiro: um instrumento apaixonado e de alto teor cientifico para conhecer a comunidade quilombola de Gurugi.
Resumo
Localizado na Mata Paraibana, no município de Conde, o Gurugi, ao longo da sua formação territorial foi permeado por diferentes formas de apropriação da terra. Na primeira metade do século XVII se constituiu como parte de um aldeamento indígena da tribo Tabajara, e com a legislação fundiária de 1850 se torna uma propriedade privada na forma de fazenda, na qual já habitavam famílias negras organizadas num antigo quilombo. No final da década de 1970 e início da década de 1980 ocorreram os conflitos agrários no Gurugi devido à expansão canavieira na área promovida pelo Proacool e com a especulação imobiliária, onde dois moradores são assassinados. Com a intervenção do Estado no conflito são criados quatro assentamentos rurais de reforma agrária e as famílias negras foram assentadas em Gurugi I e Gurugi II. Com a instituição do Art.68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal que estabelece o direito ao reconhecimento e titulação dos territórios das comunidades quilombolas, as famílias negras de Gurugi passaram a pleitear esse direito a partir do ano de 2001. A reivindicação da territorialização quilombola no Gurugi provocou conflitos internos na comunidade. Esse trabalho teve como objetivo geral: estudar as formas de organização que estão na base das diferentes territorialidades construídas ao longo do tempo no Gurugi. Procuramos analisar o espaço agrário do município do Conde na época do conflito; reconstituir o processo histórico de formação do quilombo que deu origem às comunidades negras de Gurugi I e Gurugi II; recuperar por meio da história oral e da documentação existente, o processo de apropriação privada das terras do antigo quilombo; identificar os fatores determinantes da eclosão do conflito de terra no imóvel; resgatar a história da luta pela terra nas fazendas Gurugi I e Gurugi II até a criação dos Assentamentos, utilizando a história oral; e relatar o processo que deu origem ao reconhecimento da área como terra quilombola.
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MONTEIRO,Karoline dos Santos. De quilombo a terra quilombola: conflitos pela propriedadeda terra na construção territorial de Gurugi, Paraíba
Resumo
Localizado na Mata Paraibana, no município de Conde, o Gurugi, ao longo da sua formação territorial foi permeado por diferentes formas de apropriação da terra. Na primeira metade do século XVII se constituiu como parte de um aldeamento indígena da tribo Tabajara, e com a legislação fundiária de 1850 se torna uma propriedade privada na forma de fazenda, na qual já habitavam famílias negras organizadas num antigo quilombo. No final da década de 1970 e início da década de 1980 ocorreram os conflitos agrários no Gurugi devido à expansão canavieira na área promovida pelo Proacool e com a especulação imobiliária, onde dois moradores são assassinados. Com a intervenção do Estado no conflito são criados quatro assentamentos rurais de reforma agrária e as famílias negras foram assentadas em Gurugi I e Gurugi II. Com a instituição do Art.68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal que estabelece o direito ao reconhecimento e titulação dos territórios das comunidades quilombolas, as famílias negras de Gurugi passaram a pleitear esse direito a partir do ano de 2001. A reivindicação da territorialização quilombola no Gurugi provocou conflitos internos na comunidade. Esse trabalho teve como objetivo geral: estudar as formas de organização que estão na base das diferentes territorialidades construídas ao longo do tempo no Gurugi. Procuramos analisar o espaço agrário do município do Conde na época do conflito; reconstituir o processo histórico de formação do quilombo que deu origem às comunidades negras de Gurugi I e Gurugi II; recuperar por meio da história oral e da documentação existente, o processo de apropriação privada das terras do antigo quilombo; identificar os fatores determinantes da eclosão do conflito de terra no imóvel; resgatar a história da luta pela terra nas fazendas Gurugi I e Gurugi II até a criação dos Assentamentos, utilizando a história oral; e relatar o processo que deu origem ao reconhecimento da área como terra quilombola.
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MONTEIRO,Karoline dos Santos. De quilombo a terra quilombola: conflitos pela propriedadeda terra na construção territorial de Gurugi, Paraíba
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Exposição ‘Quilombolas da Paraíba’ é aberta à visitação no Paço Municipal

A inauguração
O convite
A exposição
sexta-feira, 10 de maio de 2013
No Brasil, 75% dos quilombolas vivem na extrema pobreza
Apenas 207 de 2.197 comunidades reconhecidas detêm a posse da terra, o que dificulta o acesso a políticas públicas de incentivo à agricultura familiar.
São Paulo – Relatório divulgado pelo governo federal reforça a visão de que faltam muitos passos para consolidar os direitos básicos das comunidades quilombolas. Das 80 mil famílias quilombolas do Cadastro Único, a base de dados para programas sociais, 74,73% ainda viviam em situação de extrema pobreza em janeiro desde ano, segundo o estudo do programa Brasil Quilombola, lançado ontem (6) pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Entre cadastrados ou não, eles somam 1,17 milhões de pessoas e 214 mil famílias.
Um dos principais motivos para a manutenção dos quilombolas na pobreza é a dificuldade de acesso a programas de incentivo à agricultura familiar, devido à falta do título da terra, que garante a posse das famílias. Segundo o relatório, das 2.197 comunidades reconhecidas oficialmente, apenas 207 são tituladas. Apesar das dificuldades, 82,2% viviam da agricultura familiar no começo deste ano.
“O perfil dos quilombolas é de agricultores, extrativistas ou pescadores artesanais, mas eles têm uma limitação de acesso à terra e não conseguem ser inscritos na Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá acesso a políticas públicas”, explica a coordenadora de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, Barbara Oliveira.
A estratégia para reverter o quadro será, segundo a coordenadora, transferir a responsabilidade de incluir os quilombolas na Declaração de Aptidão do Pronaf para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o final desse ano. O órgão também deverá ajudar a acelerar a titulação das terras, feitas em geral pelo próprio órgão ou por governos municipais e estaduais. “A partir daí eles receberão assistência técnica rural e sua produção será certificada com o selo Quilombolas do Brasil, que agrega valor ao produto”, conta Barbara. “O objetivo é fortalecer a produção”.
Serviços
Os quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7% deles vivem em casas com piso de terra batida, 55,21% não têm água encanada, 33,06% não têm banheiro e 15,07% possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29% têm energia elétrica.
Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com Barbara, é a o alto índice de analfabetos: 24,81% deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de 9,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). “Apesar de termos conquistado uma série de programas para educação quilombola, que garantem orçamento, capacitação de professores, material didático equipamentos, há ainda um desafio muito grande para oferecer Educação de Jovens e Adultos e para ultrapassar a educação além do ensino fundamental, garantindo inclusive acesso ao ensino médio e à universidade.”
por Sarah Fernandes, Rede Brasil Atual, publicado 07/05/2013 18:57

Um dos principais motivos para a manutenção dos quilombolas na pobreza é a dificuldade de acesso a programas de incentivo à agricultura familiar, devido à falta do título da terra, que garante a posse das famílias. Segundo o relatório, das 2.197 comunidades reconhecidas oficialmente, apenas 207 são tituladas. Apesar das dificuldades, 82,2% viviam da agricultura familiar no começo deste ano.
“O perfil dos quilombolas é de agricultores, extrativistas ou pescadores artesanais, mas eles têm uma limitação de acesso à terra e não conseguem ser inscritos na Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá acesso a políticas públicas”, explica a coordenadora de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, Barbara Oliveira.
A estratégia para reverter o quadro será, segundo a coordenadora, transferir a responsabilidade de incluir os quilombolas na Declaração de Aptidão do Pronaf para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o final desse ano. O órgão também deverá ajudar a acelerar a titulação das terras, feitas em geral pelo próprio órgão ou por governos municipais e estaduais. “A partir daí eles receberão assistência técnica rural e sua produção será certificada com o selo Quilombolas do Brasil, que agrega valor ao produto”, conta Barbara. “O objetivo é fortalecer a produção”.
Serviços
Os quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7% deles vivem em casas com piso de terra batida, 55,21% não têm água encanada, 33,06% não têm banheiro e 15,07% possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29% têm energia elétrica.
Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com Barbara, é a o alto índice de analfabetos: 24,81% deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de 9,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). “Apesar de termos conquistado uma série de programas para educação quilombola, que garantem orçamento, capacitação de professores, material didático equipamentos, há ainda um desafio muito grande para oferecer Educação de Jovens e Adultos e para ultrapassar a educação além do ensino fundamental, garantindo inclusive acesso ao ensino médio e à universidade.”
por Sarah Fernandes, Rede Brasil Atual, publicado 07/05/2013 18:57
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