sábado, 22 de setembro de 2018

13 e 40: os números dos quilombolas da Paraíba

No dia 20 de setembro, uma comissão de representantes dos quilombos da Paraíba e da AACADE se reuniu com o candidato a governador do estado da Paraíba João Azevedo para definir umas linhas de trabalho da futura gestão se ele for eleito.

O candidato foi colocado ao par da situação dos quilombolas e do compromisso assumido pelo governador Ricardo Coutinho com as comunidades quilombolas para implementação das politicas publicas ao longo destes oito anos de governo que foram julgadas positivas pelos presentes. Na gestão atual teve avanços significativos na melhoria das condições de vida dos quilombos.

João Azevedo assinou um termo de compromisso com as comunidades quilombolas para dar continuidade e melhorar as políticas públicas que foram implantadas nos quilombos na gestão de Ricardo Coutinho, procurando estender a todas as comunidades as mesmas políticas para que o povo quilombola, outrora esquecido, possa de fato ser incluído como cidadão e faça parte em pé de igualdade do convívio do estado.

O encontro foi muito positivo e produtivo ficando claro que os quilombos se identificam com o projeto de governo de João Azevedo e por isso se comprometem a trabalhar para sua eleição.







O momento da assinatura do documento 
Clicar na imagem para assisti ao vídeo

A copia do documento




Os números dos quilombolas da Paraíba

40 para governador da Paraíba


13 para presidente do Brasil


134 para senador da Paraíba

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

João recebe apoio de representantes de 42 comunidades quilombolas


Comunidades que antes eram invisíveis aos olhos do poder público passaram a receber o olhar e a atenção do Governo do Estado a partir de 2011. Um exemplo disso são as 42 comunidades quilombolas espalhadas por 26 municípios em todo estado. Representantes destas comunidades se reuniram com o candidato do PSB ao Governo do Estado, João Azevêdo, na tarde desta quinta-feira (20), para anunciar apoio à candidatura do socialista.

Na ocasião, João se comprometeu em manter e ampliar as políticas públicas implantadas pela gestão PSB nos territórios quilombolas e assinou um termo de compromisso com as comunidades contendo oito itens de demandas.

“Esse posicionamento de implantação de políticas públicas, não apenas para os quilombolas, mas para as mulheres, para os negros, para os indígenas, para os ciganos, para a comunidade LGBT, nós adotamos desde 2005 na época da Prefeitura de João Pessoa. Quando Ricardo chegou ao Governo em 2011, se começou a ter uma política de inclusão de todas essas comunidades, que antes o Poder Público fingia que não existia”, destacou João.

O candidato do PSB destacou ainda que é preciso fazer um trabalho de identificação da vocação de cada comunidade, levando em conta a cidade e a região a que está inserida, para então trabalhar em cima de arranjos produtivos locais para que os quilombos se tornem cada vez mais autossustentáveis. 

“Com certeza para cada comunidade não será uma política única, principalmente no tocante a produção e geração de emprego e renda. Por isso, me comprometo a sentar na mesa para conversar e juntos decidirmos o que for melhor para cada quilombo”, garantiu.

João ressaltou ainda que caso seja eleito vai instituir no seu governo a prática de manter em cada Secretaria um interlocutor entre a gestão e as comunidades quilombolas para facilitar o diálogo e agilizar a implantação das políticas públicas.

Participaram do encontro:
Severino da Silva – Comunidade Matão, em Gurinhém
Leonilda Coelho – Comunidade Grilo, em Riachão de Bacamarte
Josinaldo (Nego) – Comunidade Gurugi, em Conde
Luana Victorino – Comunidade Mituaçu, em Conde
Kananda Paião – Comunidade Mituaçu, em Conde
Gilvanete Pereira – Comunidade Mituaçu, em Conde
José Ricardo – Comunidade Gurugi, em Conde
Josefa de Paiva – Comunidade Matão, em Gurinhém
Marcia dos Santos - Comunidade Grilo, em Riachão de Bacamarte
Josefa João da Silva – Comunidade Matão, em Gurinhém
José Rufino dos Santos Filho – Comunidade Matão, em Gurinhém
Marcos Augusto – Comunidade Gurugi, em Conde
Geilza Paixão – Comunidade Mituaçu, em Conde
Luiz Zadra – Da Associação de Apoio às Comunidades Afrodescendentes (AACADE)

fonte: http://www.paraiba.com.br/2018/09/21/10301-joao-recebe-apoio-de-representantes-de-42-comunidades-quilombolas

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Mulheres quilombolas contra o "coiso inominável"

Cirandeiras do quilombo Caiana dos Crioulos

O Sistema Agrícola Tradicional Quilombola é reconhecido como patrimônio cultural brasileiro!


O Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do Ribeira se torna, nesta quinta-feira (20/09/2018), Patrimônio Cultural Brasileiro - reconhecimento feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É um momento de comemoração para todas as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira e um marco de fundamental importância para todos os quilombos espalhados pelo Brasil.

Esse reconhecimento é resultado do nosso trabalho em parceria com as comunidades quilombolas. Entre 2014 e 2017 o ISA e as comunidades redigiram o dossiê que deu início ao processo de análise de reconhecimento do Iphan. Também entregamos com o dossiê um DVD com 3 vídeos que você pode assistir aqui: Mutirão Quilombola, Sementes de Quilombos e o Sistema Agrícola Quilombola.

“O reconhecimento é um incentivo a mais para cobrar do governo a implantação de políticas públicas em nossos territórios. Ter mais uma garantia para a nossa agricultura quilombola. Os municípios também vão valorizar mais a nossa produção, quem sabe compram para a merenda escolar. Para as comunidades, sabemos que é uma conquista a mais da nossa luta.” - Elvira Morato, Quilombo São Pedro.

“O sistema agrícola quilombola ser reconhecido como patrimônio imaterial brasileiro é um modo de ganhar liberdade. O registro é mais uma ferramenta para combater a desigualdade e fortalecer as comunidades e seu modo de vida. Que seja uma ferramenta para combater a desigualdade. Assim como o sol nasce para todos, que assim seja a nossa liberdade.” - Osvaldo dos Santos, Quilombo Porto Velho 


Apesar desse reconhecimento, as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira estão enfrentando um grande desafio: suas roças tradicionais, parte central do sistema agrícola, estão ameaçadas pela burocracia e pela falta de conhecimento dos órgãos ambientais de SP. A roça tradicional é fundamental para as comunidades do Ribeira. Esse tipo de plantio garante alimento saudável, a conservação da Mata Atlântica e a cultura quilombola viva.

Saiba mais sobre as roças de coivara clicando aqui

https://www.youtube.com/watch?time_continue=14&v=HsyaK7Iugmo

Você pode ajudar os quilombolas a reverter essa situação! As comunidades lançaram a campanha Tá Na Hora da Roça para pressionar o governo de São Paulo a emitir as licenças para abertura das áreas das roças no prazo adequado. Isso garante segurança alimentar, autonomia e fortalecimento cultural para as comunidades.

O ISA é parceiro das comunidades há muitos anos e apoia a campanha. Precisamos de você para que a mensagem das comunidades seja ouvida! Vamos pressionar o governo do estado de SP a respeitar o plantio tradicional dos quilombolas e a emitir a autorização das roças no prazo certo.

Fonte: Raquel Pasinato
Programa Vale do Ribeira Instituto Socioambiental - ISA

Mais informações sobre o ISA.
Dúvidas ou comentários, ligue (11) 3515 8975 e fale com Mariana Hessel ou escreva para relacionamento@socioambiental.org